No decorrer dos meus estudos, dei de caras com uma personalidade que me parece ser incontornável para compreender fenómenos históricos e políticos do nosso mundo. Também me parece importante salientar a importância de termos uma mulher a dedicar-se a estas temáticas, quando o mais comum é ser um papel mais masculino. Estou a falar de Hannah Arendt, que se destacou - e continua a destacar - pelas suas ideias, tendo vivido entre 1906 e 1975. Aqui o que me salta à vista - e ainda de uma forma pouco profunda - é a forma como estrutura a sua visão relativamente ao mundo. Não vou tanto pelo seu fundamento político, porque aí já existe uma complexidade sobre a qual não tenho ferramentas ainda para poder falar, mas sim pela construção da sua persona e forma de encadear pensamento. Alguns pontos que pareceram curiosos, pelo menos para mim, ao assistir à entrevista Zur Person (Günter Gaus, 1964): Teoria Política vs Filosofia: apesar de ter estudado Filosofia, optou por não ficar presa nessa á
O desafio deste ano está a ser manter a sanidade, a tranquilidade, quando tudo o que está lá fora parece estar a desfazer-se. É uma pandemia e um pandemónio que domina o nosso quotidiano, onde a nossa perspectiva e noção do mundo apenas se resume a uma coisa só. Um mundo doente, ainda mais frágil. Traçam-se metas, objectivos. Mas será que vamos conseguir alcançar tudo isso? Tudo aquilo que seria o ideal - o Bem - para a Humanidade? Será que uma década é suficiente para mudar alguma coisa verdadeiramente? Ou vamos ficar pelas intenções? É que sem a linguagem do dinheiro não há obra feita. Ainda permanece a questão do pandemónio que, se calhar, veio para ficar por muito tempo. Temos de aprender a viver com muitas limitações. Não podemos, no entanto, é desviar-nos do principal: temos de dar, partilhar, ajudar, dar a mão . Temos de ser humanos . Somos todos iguais. Como é que alguma vez isto pode ser esquecido? Ninguém é mais que ninguém. Vale a pena reflectir, olhar um bocadinho para fo